Exú!!!

Exú!!!

Exú!!! 1024 732 Marcos Passos

Exu o imenso Infinito

É um Orixá indispensável dentro do culto, sem ele não existe Orixá, pois é ele que serve de mensageiro entre os Deuses e os seres humanos. Exu é o guardião das casas, dos templos das cidades e das pessoas. Toda vez, que for fazer algo a algum Orixá deve ser feito primeiro oferendas à Exu. Ele pode ser considerado o mais humano dos Orixás, nem mau, nem bom. Exu foi criado da mesma matéria divina da qual os seres humanos foram criados. Como Orixá, diz-se que ele veio ao mundo com um porrete chamado Ogó, que teria a propriedade de transporta-lo, ele representa também toda a fertilidade que é consagrada a ele. Mensageiro dos homens aos Orixás. Elemento dinâmico, caminha entre o Céu ( Orum ) e a Terra ( Aiê ), sempre levando mensagens dos filhos aos orixás. Exu é único, e como único tem o poder de transformar tudo a sua volta. Exu está a frente da evolução do mundo, participando de tudo ao seu redor. Todo ser humano possui seu Exu individual, como tem seu Orixá. Exu é responsável pela comunicação, pela evolução, pois está associado a atividade sexual, que assegura a continuidade da espécie humana. Como é ligado a evolução, também é ligado ao destino das pessoas, e com isso pode circular livremente entre todos os elementos da terra. Ele também representa o feminino e o masculino. Exu, por ser o senhor dos caminhos, pela responsabilidade que ele tem, é o primeiro a ser cultuado em qualquer ritual. Somente ele tem o poder de abrir ou fechar os caminhos, conforme for tratado. Tanto pode trazer coisas boas, como má, pelo fato de estar sempre no caminho. A presença de Exu é necessária, pois somente ele transporta as oferendas e somente ele pode fazer aceita-las ou não. Se não agraciado no início de qualquer ritual, pode haver um desequilibro, o que faria que ele fechasse os caminhos e liberasse forças negativas para castigar quem não o tratou direito, pois ele pode punir ou proteger. Mas bem tratado, ele somente semeia o bem, fertilidade, saúde, harmonia. Seu local consagrado para adoração é a encruzilhada (orita), aonde todos os caminhos se cruzam, para poder observar e a partir daí, controlar todos os caminhos. A rosa dos ventos o representa pois ela representa todas as direções do mundo. Diz-se que Exu nasceu com uma lamina sobre a cabeça. Isso por sinal, é dito em uma de suas saudações;
“Sonsô obé ko lori eru” ( A lâmina é afiada, ele não tem cabeça para carregar fardo)
Exú é considerado a terceira cabaça da existência, muito embora ele seja considerado como o primeiro Orixá a pisar na Terra, Oxalá é a primeira cabaça da existência e Oduduá é a segunda cabaça.
Exu é um Orixá de grande importância entre os Iorubás. Por ser muito corajoso e esperto, é considerado maior do que os outros Orixá, e nunca é esquecido por seus cultuadores que, a fim de aplacar sua ira, fazem-lhe as oferendas de alimentos sempre em primeiro lugar. Pode ser maldoso a qualquer momento, sendo por isso chamado de Buruku (qualificação maligna).

É comum oferecer a Exu, entre outros, bodes (Òbúko), azeite-de-dendê (Epò Púpà), galos (Àkùko), caracóis (Ìgbín), acaçá e Obí. Sobre sua imagem (Ère) colocam-se azeite-de-dendê (Epò Púpà) e sangue de animal ( Èjè), simbolizando seu banho por essas substâncias. Èsù é inimigo de alguns Òrìsà. A fim de incitá-lo à maldade contra alguém, coloca-se sobre sua imagem (Ère) um óleo denominado adí e um bilhete contendo o nome da pessoa contra quem se pratica o feitiço. Pessoas pedem também fecundidade a esse Orixá. Conseguindo-a, dão a seus filhos nomes que incluem o de Exu, tais como Exu-Tossim (É bom cultuar Exu), Exu-Bií (Nascido de Exu) etc. Exu possui também outros nomes, como Elegbara, Elegbá, Legbá. Os Iorubá acreditam que ele sempre carrega um objeto chamado Agongo Ogo, com o qual realiza suas maldades. A imagem de Exu é feita de um conjunto de pedras (Iangui). Fazem-lhe sacrifícios para mantê-lo em frente de casa, mas sua imagem jamais é mantida no interior do lar, sob pena de amaldiçoar a família.
As cidades onde se cultua Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta e Ekiti. Há cem anos atrás costumava-se sacrificar seres humanos em homenagem a Exu, pratica hoje abandonada.
Reza para Exu
Este ADURA é para pedir proteção a Exu e abrir nossos caminhos. Este Adurá é tão simples e lógico que é bom memorizá-la e fazer dela nossa oração diária, bastando para isso rezá-la mastigando pimenta da costa 9 (nove) se for homem e 7 (sete) se for mulher. Faça esta oração e depois cuspa para frente a pimenta mastigada na boca.
“Exu Oni bodê Orum
Oxeturá eni omo iá eni o mo babá
Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé
Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá
Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum
Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom
To mu eni du ipo omo
lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni
Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê
Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum
Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun
Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá
Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni
Axé axé axé.”
Tradução
Exu guardião do Orum
Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai
Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos atender hoje assim que o filho atende sua mãe
As intrigas deste mundo estão demais
A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós
O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência
Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o lugar dos outros
Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações
Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos
O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos
Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores Que o inimigo não consiga nos vencer
Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças axé.
Os 16 Títulos mais conhecidos de Exu
Exu IanguiO Senhor da Pedra Vermelha “Laterita”
Exu Agbá – O Grande Senhor dos Ancestrais
Exu Igbá Ketá Igba – A Terceira Cabaça
Exu Okotô – O Senhor do Caracol
Exu Obá Babá Exu – O Rei e Pai de todos os Exus
Exu Odara – O Senhor Dos Bons Pedidos, da Felicidade
Exu Ojisé – O Mensageiro dos Orixás
Exu Eleru – O Senhor das Obrigações e Rituais
Exu Enu Gbarijo – O Senhor da Boca Coletiva
Exu Elegbara – O Senhor do Poder Mágico
Exu Bara – O Senhor do Corpo
Exu Onã – O Senhor dos Caminhos
Exu Olobé – O Senhor da Faca
Exu Elegbó – O Senhor dos Ebos e Oferendas
Exu Alafia – O Senhor da Satisfação Pessoal
Exu Odussô – O Vigia dos Odus
Aspectos Gerais

DIA: Segunda-feira.

DATA: Todos os dias são de Exu.
METAL: Não tem, sua matéria é a terra em seu estado de pureza.
CORES: Preto (ou seja, a fusão das cores primárias) e vermelho.
COMIDAS: Farofa de azeite-de-dendê, ekó (acaçá), carne mal passada.
SÍMBOLOS: Ogó de forma fálica, falo ereto.
ELEMENTOS: Terra e fogo.
REGIÃO DA ÁFRICA: Exu é universal.
PEDRAS: Rubi e Granada.
FOLHAS: Folha de fogo, coração-de-negro,aroeira vermelha, figueira brava, bredo, urtiga.
ODU QUE REGE: Okarã e Ouarím.
DOMÍNIOS: Sexo, magia, união, poder e transformação.
SAUDAÇÃO: Laroié!
A saudação de Exu, Laroiê pode ser traduzida como Pessoa muito falante. Então ao dizermos Laroiê Exú estamos dizendo Exu o falante.
Arquétipo – Exu – Os filhos de Exu possuem uma personalidade imprevisível, impulsivos, misteriosos, provocadores, intrigantes, desconfiados, são inteligentes, compreensivos com os problemas dos outros e bons conselheiros. Não aceitam derrotas, são melindrosos, impacientes, por vezes agressivos, de temperamento difícil, muito vingativos sempre dão o troco. Possuem muita tendência à espiritualidade e mão de feitiço.
Oriki de Exu
“Eke a pá eleké
Odalê a pá Odalê
Oun ti a ba se nisalé ilé
Oju Olodumare ni to
Difa fun Amokum se alê
To ni oba aye ko ri oun
Bi oba aye ko ri o nko
Oju Olodumare n’uo ô.”


Tradução

Mentira matará o mentiroso
Traição matará o traidor
Tudo o que você faz em um lugar escondido
Todo poderoso Olodumare está observando
Estas sãos as declarações de Ifá para
Ele é quem usa a roupa da escuridão para roubar
E ele diz que ninguém toma conhecimento
Se os reis mundialmente não o vissem
Todo poderoso Olodumare está olhando para você.
“Exu otá Orixá
Oxeturá ni orukó babá mó ô
Alagogô ijá ni orukó iá mpé ê
Exu Odara, omokunrim Idolofim
O lê sonsô si ori essé elessé
Ko jé, ko jé ki eni njé gbe mi
A ki louô lai mu ti Exu kuró
A ki laió lai mu ti Exu kuró
A sã tum se ossi laini itiju
Exu apatá somo olomo lenu
O fi okutá dipó ió
Loguemo Orum, a nlá kalu
Pa apa uara, a tuka massê sá
Exu massê mi, omo elomirã ni o se.”
Tradução
Exu, o que questiona os Orixás
Oxeturá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai
Alagogô Ijá é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe

Exu Odara, o homem forte de Idolofim

Exu, que senta no pé dos outros.
Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento
Quem tem dinheiro, reserva para Exú a sua parte
Quem tem felicidade, reserva para Exú a sua parte
Exu, que joga nos dois times sem constrangimento
Exu, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja
Exu, que usa pedra em vez de sal

Exu, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte

Exu, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não se poderá juntar novamente,
Exu, não me manipule, manipule outra pessoa.
“Igbá Exu Lalu
Exu ogá onilu
Atobajaiê, elessó ogum
Orili logum
Alagadá eié
Orokô ni ojô ebô lè
Exu tabirigbongbom
Abonijauá kumo
Exu olafé, asseni bani darô
Exu iuô lo xe babalaô
Ojô metadinlogum lo gbe odô Oiá
Exu ma se mi omo elemirã ni o xe
Exu ma se mi lu enia ma se enia lumi
Ma jeki a rijá re
Iuô lo se iauô, ti fi ko okô re silê
Exu ma se mi, omo elomirã ni o se
Iuô lo se enia to fi binu soku
Iuô lo se enia to di ko sodó
Exu ma se mi, omo elomirã ni o se
Ibukum pupo ni emi fé lodô re
Eu iuô ni ilerá
Abô, egbegá, irê orô bem louô re
Jouô ki ouá fum mi ni nkã uoni
Exu Elegbara, gbo mi kiakiá
Exu ma se mi, omo elomirã ni ki o se
Axé.”
Tradução
Exu eu te saúdo.
Exu homem forte na cidade, pessoa suficiente para ficar no lado em toda a vida.
Pessoa que tem frutas medicinais.
Você que monta cavalo de banheiro para entrar no quarto, você que tem medicina forte.
Você é uma pessoa que vai embora quando o sacrifício ficou estragado.
Você que acha um bastão para aquele que briga.
Exu, o apitador que dá danos na gente, ainda simpatiza conosco.
Exu, você quem provocou Babalaô e fez ele ficar na casa de Oiá por dezessete dias.
Exu, não me faça mal no filho do outro.
Exu, não me provoca contra qualquer pessoa e não provoca as pessoas contra mim.
Exu, para nada acontecer para os meus filhos.
Exu, para nada acontecer para minha família.
Não deixa ver a sua raiva, você quem provocou o rei para sair do trono.
Você quem provocou a esposa a deixar seu marido.
Exu não faça mal, faça mal no filho do outro.
Eu quero prosperidade de você, Exu, você que é o dono de saúde, proteção,
Promoção, bondade e prosperidade, por favor, me dê tudo isto.
Exu Elegbara (Senhor do poder), me ouve depressa, Exu, não me faça mal, faz mal nos filhos dos outros.
Axé.

Ancestralidade

A ancestralidade é algo muito complexo dentro da cultur
a dos povos africanos. A ancestralidade masculina e feminina são cultuadas separadamente, o culto ao ancestral masculino, hoje, é cultuado de duas formas, Aglutinada, como uma divindade que a personifica através do Culto de Orô e de uma forma individualizada, por intermédio do Culto de Egungun. A ancestralidade feminina é cultuada, hoje, de apenas uma forma, por intermédio do Culto de Iyámi, o culto individualizado da ancestralidade feminina era realizado pelo Culto de Elekô, cuja a grande matriarca era a Orixá Obá, esse culto se perdeu quase que por completo, tal fato ocorreu porque o culto representava um sério perigo ao poder dos homens. Aqui pretendo explicar superficialmente um pouco sobre cada uma das sabedorias.

A Morte

Indubitavelmente um dos maiores descobrimentos do Século XX foi a estrutura de dupla hélice do DNA – a chamada base de construção da vida. A beleza e elegância dos dois fios do DNA trançados em espiral um em torno do outro apresenta um maravilhoso símbolo do desenvolvimento da vida, não somente da construção de formas biológicas, mas também a evolução daquilo que existe como causa primária, a consciência. Porque se adicionarmos o empuxo da evolução ao ritmo dos ciclos da natureza, o círculo da vida é transformado numa contínua espiral rotatória através da qual a consciência se expressa.
Aprofundando mais neste símbolo, se os dois fios espiralados forem entendidos como entrelaçando espírito e matéria, a consciência pode ser vista como o efeito resultante da evolução desta interação. Temos aqui uma estimulante perspectiva sobre o nobre caminho do meio ensinado pelo Buda, o desafio de trilhar o caminho de maneira eqüidistante entre estes pares de opostos – as duas grandes linhas de força – tal como se expressam em qualquer nível, contrabalançando e relacionando-os entre si numa expressão harmoniosa. Assim como o Buda, o Cristo e outros grandes guias espirituais, também cada unidade de consciência evolui através deste grande processo espiral – a soma total da manifestação planetária avançando lentamente numa viagem de redenção espiritual.
Esta evolução super abrangente requer o constante desprender de formas e a aquisição de novas, à medida que novas combinações de matéria e espírito proporcionem veículos mais refinados para expressar o desenvolvimento da consciência. Quando a potência de uma forma está exaurida e não é mais adequada, a forma é descartada e uma mais apropriada é adquirida. Este é o princípio fundamental por trás do processo de morte e renascimento em todos níveis da natureza. Onde exatamente esta espiral leva ou termina ninguém na realidade sabe; tudo que pode ser dito é que o próximo passo está sempre mais à frente, lentamente percebido na medida que somos impulsionados para frente pelo poder da própria vida.
Desafortunadamente a sociedade secular tem, de maneira progressiva, se isolado do processo cíclico de vida e morte que caracteriza nossa ascensão na espiral. Sempre em busca de novas sensações, nosso irrefreável séqüito de materialismo tem resultado numa identificação muito forte com nosso corpo, nos enredado nos seus sentidos e conseqüentemente perdido o contato com nossa natureza interior. O propósito dos sentidos é informar, não aprisionar, e somente nos desembaraçando deles e interiorizando a nossa linha de investigação, podemos ter esperança de recuperar alguma verdadeira compreensão da natureza da morte. Temos que despertar os sentidos esotéricos interiores e seguir a sua orientação a fim de contatar o núcleo imortal do nosso ser que permanece inabalável e sereno durante os longos ciclos de vida, morte e renascimento. Então podemos conhecer em primeira mão a entrada numa vida mais grandiosa – o formoso segredo que encobre o processo da morte.
Somente pela compreensão da vida após a morte como uma extensão da vida, é que a morte pode ser entendida como simplesmente uma transição – uma relocação da consciência de uma área da divina espiral a outra. Neste sentido morte é simplesmente a libertação da limitação, da qual temos uma experiência parcial todas as noites durante as horas de sono. Morte e sono são fundamentalmente o mesmo, sem diferença, exceto em grau; … sono é uma morte imperfeita e morte é um sono perfeito. Esta é a principal questão em todo ensinamento sobre a morte… Morte não é o oposto de Vida, mas atualmente é um dos modos de viver – uma modificação de consciência, uma mudança de uma fase da vida a outra pela subserviência ao carma, ao destino… Nossos corpos estão em constante estado de mudança, seus átomos estão num processo contínuo de renovação… Mesmo enquanto encarnados estamos vivendo no meio de incontáveis mortes diminutas.
Morte é, na realidade, deterioração no tempo e espaço e se deve à tendência do espírito-matéria a se isolar, enquanto em manifestação. Este enunciado reflete todo o processo da jornada da Vida – (involução) entrada na forma e num estado de consciência cada vez mais individualista e separado, e então (evolução) de volta à unidade levando conosco os frutos da nossa experiência como agregado de aprimoramento e qualidade. Quando reconhecemos este ciclo podemos, deliberadamente, nos alinhar com a onda evolucionária e superar esta tendência de isolamento do espírito-matéria. Focalizando na alma, o ponto de relacionamento de consciência intermediário entre ambos, nossa visão expandida revela a grande verdade dos ensinamentos da Sabedoria Antiga que mente-corpo-alma são a Trindade sintetizada pela Vida que permeia tudo. Então, morte é entendida como parte do processo da vida, a grande força de liberação que re-focaliza firmemente a consciência em pontos mais altos da espiral entre os pólos do espírito e matéria.
O medo e o horror da morte podem então desaparecer à medida que a consciência de orientação espiritual, a alma, tornar-se realmente conhecida em nossa percepção. O medo é o resultado da identificação com a natureza temporária da forma – nossa própria forma que dá origem ao senso de personalidade, as formas e personalidades daqueles que amamos, e as formas familiares do nosso entorno e meio ambiente. Entretanto, o amor que é da alma opõe-se a esse apego, e a esperança do futuro e nossa libertação das limitações do passado está nesta substituição de ênfase para a transcendência da alma. À medida que avançamos para esse momento quando o aspecto encarnado da alma puder viver conscientemente, construtiva e divinamente em veículos materiais em evolução, o sofrimento, a solidão e a sensação de perda pela morte desaparecerão regularmente. Então, consideraremos a forma simplesmente como uma faceta temporária de oportunidade divina, a personalidade como uma másc
ara temporária da alma, e conheceremos um novo e mais alegre enfoque da grande experiência que chamamos morte. A morte será entendida como parte da jornada espiritual – a alma levando repetidamente de volta à realidade um fragmento de si mesma para aprender, servir e enriquecer a sua experiência e então, através da morte assimilar os resultados dos seus esforços para promover progresso na espiral do mistério da vida.
Iku o Senhor da Ancestralidade

O Deus que possui a função de exercer o poder da morte chama-se Iku, trata-se de uma dinvidade masculina, não existe culto direto a Iku e por esta razão ele deve ser cultuado através dos mortos, masculinos ou femininos, por Orô ou Iyámi, por Egungum ou Elerikô. Afirma a tradição que Iku começou a matar depois que viu sua mãe ser espancada e morta na praça do mercado, sendo depois dominado por seus que conseguiram que ele comesse o que lhe era proibido. Quem ensinou como anular a atividade de Iku, foi sua mulher chamada Olójòngbòdú. Nos conta assim, um fragmento do verso do Odù Òyèkú Méjì: “….Quando Ìfá falou sobre Olójòngbòdú, a mulher de Ìkú que foi chamada logo cedo pela manhã, foi perguntado o que seu marido não poderia comer, que o tornasse incapaz de matar outros filhos das pessoas? ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer ratos,pois se comesse, suas mãos tremeriam sem parar; Ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer peixe, poi se comesse, seus pés tremeriam sem parar ; Ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer ovo de pata, pois se comesse, ele vomitaria sem parar…” Outro método de enfraquecer a atividade de Ìkú é registrado no oráculo de Ifá, através do modo como Èsù subornou o filho de Ìkú, para que este revelasse o modo como Ìkú matava, Omòikú então revela que seu pai, matava através de sua clava, tornando-se fraco sem este instrumento, o qual Èsú com a ajuda do Ijàpàá, esconde. “… Ijàpàá gbé òrúkú l’owó ikú…” ( o cágado retira a clava das mãos de Ìkú ). Posteriormente, Ìkú faz um pacto com Òrúnmilá, através da condição dele ajudá-lo a recobrar a sua clava; então, Ìkú só levaria antecipadamente aqueles que não se colocassem sobrê a proteção de Òrùnmilá. Outro texto do Odù Ìròsùnsè, nos conta como Orí e Òrùnmilá, impediram a atuação de Ìkú sobre a cabeça de alguém.
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