Guerreiras Africanas

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Guerreiras Africanas 1024 732 Marcos Passos

Rainhas Guerreiras Africanas

Texto original: “African Warrior Queens” by John Henrik Clarke. In Sertima, Ivan Van (ed.) Black women in Antiquity. 1984. Tradução: Jackeline Romio
Antes de ir diretamente para o assunto, “rainhas guerreiras africanas”, sinto que existe a necessidade de chamar a atenção para o status histórico da mulher africana e sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade africana, para que sejam melhor compreendidas como rainhas guerreiras na defesa de suas respectivas nações. O escritor senegalês Cheikh Anta Diop demonstrou novas idéias sobre o assunto no livro The Cultural Unity of Black African.
Ele observa que a maioria das sociedades não-européias é, principalmente, matrilinear, a linha de descendência começa a ser traçada a partir da mãe. Doutor Diop amplia esta explicação da seguinte maneira: “é matrilinear e é o homem que traz o dote à mulher”, isto prova, se alguma prova é necessária, que as mulheres nestas velhas sociedades tinham direitos respeitados. A maior parte destas sociedades se desenvolveram antes do nascimento da Europa.
Na áfrica o ‘lugar’ da mulher não era apenas com sua família: ela freqüentemente governou nações com inquestionável autoridade. Muitas mulheres africanas foram excelentes militaristas e sobre ocasiões tiveram conduzindo seus exércitos em batalhas. Muito antes que soubessem da existência da Europa, os Africanos tinham produzido uma maneira de viver onde os homens eram seguros o bastante para deixar mulheres avançarem tanto quanto seus talentos as levassem.
Durante a ascensão de grandes dinastias no Egito, Kush e Etiópia, as mulheres africanas deram impressionantes passos e algumas se tornaram chefes de Estado. Dr. Diop escreve que durante todo o período do Egito Faraônico as mulheres africanas apreciaram a liberdade completa, em oposição à condição de segregação experimentada pelas mulheres européias do período clássico, fossem gregas ou romanas. Ele ainda nos informa que “nenhuma evidencia pôde ser encontrada nem nos registros da história nem da literatura – Egípcia ou não – do mau tratamento sistemático de mulheres africanas por seus homens”, foram respeitadas e andavam livremente ao contrário de certas mulheres asiáticas. Carinho pelas mães e especialmente o respeito com era necessário cercá-las era o mais sagrado dos deveres. Nestas sociedades africanas antigas as mulheres desempenhavam um maior protagonismo sem humilhar nenhum homem ou fazer seu lugar menos importante sociedade.
E hoje o homem dito “branco” tenta acabar com esta garra e a linda cultura deixada por todas as belas Candaces.
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