O equilíbrio espiritual é fundamental para nossa maturidade Cristã. A pessoa sem equilíbrio não cresce em maturidade de modo saudável e sustentável. Temos uma tendência de viver em pólos, ou num extremo ou no outro e, de modo geral, a maneira que tomamos decisões deve-se em grande escala aos extremos em que nos encontramos. O desafio para uma maturidade espiritual consistente é então ser capaz de se posicionar e também se movimentar entre um extremo e o outro, sem se deixar afetar por eles, e ao mesmo tempo não abrir mão de valores essenciais e absolutos.
O que é equilíbrio? Segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, equilíbrio é:
Condição de um sistema físico no qual as grandezas que sobre ele atuam se compõem, para não provocar nenhuma mudança em seu estado; postura ou posição estável; estabilidade; harmonia, estabilidade mental e emocional; controle, autocontrole, autodomínio
O equilíbrio é o ponto de convergência entre dois extremos. O centro fundamental para que dois extremos funcionem bem. Do mesmo modo, podemos definir que o equilíbrio espiritual é o ponto conciliador entre um pólo e o outro. Observe que as extremidades existem e não devem ser ignoradas ou menosprezadas, simplesmente por não estarem do “meu” lado da balança! O desafio portanto para o equilíbrio é tentar encontrar o “ponto de contato”, a harmonia entre o “Eu” e o “Outro” não anulando os lados opostos, e sim percorrendo aquele eixo entre os pólos através de uma comunicação eficaz e conciliadora.
Segundo John Stott – em seu livro Cristianismo Equilibrado – precisamos encontrar o equilíbrio em quatro áreas: a) o intelecto e as emoções. Não polarizar o intelecto ou as emoções. b) o conservador e o radical. O equilíbrio entre conservar o passado sem ignorar os desafios do presente. c) a forma e a liberdade. O ponto comum entre a formalidade e a liberdade d) evangelismo e ação social. Como evangelizar sem perder o foco na ação social e como realizar um programa social sem perder o foco na evangelização.
Como desenvolver um estilo de vida espiritualmente equilibrado? Em Eclesiastes 7:15-18 temos duas diretrizes importantes para um viver balanceado.
Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: há justo que perece na sua justiça, e há perverso que prolonga os seus dias na sua perversidade. Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas louco; por que morrerias fora do teu tempo? Bom é que retenhas isto e também daquilo não retires a mão; pois quem teme a Deus de tudo isto sai ileso.
A primeira diretriz é Evitar os extremos! Quando ele fala para não sermos demasiadamente justo, sábio; nem ímpio nem tolo, o escritor, na verdade, está dizendo para evitarmos os extremos porque eles podem ser prejudiciais, por mais justos e bonitinhos que eles possam ser! Agora, por que evitar os extremos?
O problema não é ser muito sábio ou muito justo, mas ser justo demais ao ponto de não dialogar com mais ninguém e se sentir auto-suficiente; ou ser sábio demais ao ponto de pensar que a verdade só está em você e todos estão errados!
A segunda diretriz é Saber dialogar com os extremos! Ele aconselha que saibamos reter o que é bom de cada extremo. Mas para isso, precisamos dialogar com estes pólos. Paulo diz para não desprezarmos as profecias, mas para julgarmos todas as coisas retendo o que é bom (Tess 5:20-21).
Por fim, ele diz que devemos temer a Deus. Deus é nosso Ponto de Equilíbrio Supremo. Quanto mais perto de Deus estou, mais equilíbrio espiritual tenho. E o contrario também é verdadeiro – mais distante de Deus menos equilibrado espiritualmente me torno. T
emer a Deus, neste livro, tem a idéia de prestar contas a Ele de todas nossas ações e decisões. É nisso que se consiste a busca e a essência de nosso equilíbrio espiritual.
emer a Deus, neste livro, tem a idéia de prestar contas a Ele de todas nossas ações e decisões. É nisso que se consiste a busca e a essência de nosso equilíbrio espiritual.
Paz Profunda!!!