AS FAMÍLIAS DE SANTO NO CANDOMBLÉ DE CONGO-ANGOLA
*por Tata Kiundundulu – Professor Doutor Sérgio Paulo Adolfo, Tata Kisaba do Nzo Tumbansi
Em um artigo intitulado TOMA KWIIZA KYA KIZOONGA BANTU! NZAAMBI KAKALA YETO! de Taata Lubitu Konmannanjy – Unzó kwa Mpaanzu – Raimundo Nonato da Silva, publicado no site http://www.inzotumbansi.org/, o autor nos apresenta uma composição das famílias de santo pertencentes ao candomblé de congo-angola no Brasil.
Segundo ele, o candomblé de congo-angola compõe-se de cinco grandes famílias sendo a primeira delas a família de Maria Nenén, Sra. Genoveva do Bonfim, seguida de Gregório Makwende, depois da família Amburaxó, do Sr. Miguel Arcanjo de Souza, da família de Mariquinha Lemba e da família Gomeia, do Sr, Joãzinho da Goméia, Tatá Londirá. Ainda segundo o autor, em entrevista dada a nós no dia 21.01.2010, na sede da Acbantu em Salvador-Ba., a família de Maria Nenén é de origem muxicongo, a de Makweende é de origem ovimbundo, a de Mariquinha Lemba é de origem kimbundo, enquanto a Amburaxó e a Goméia já nasceram misturadas com outras nações.
A partir dessas informações faremos uma pequena reflexão sobre a composição “étnica” do Candomblé de Congo-Angola no Brasil de hoje. Essa modalidade religiosa que se contrasta com outros candomblés de outras nações, como a nação de Ketu e de Efon, tendo como parâmetro as línguas rituais e o toque de atabaques, se ampara no mito das origens – fundadores de raízes- e na língua ritual assim como em certos ritos praticados em suas casas, como únicos e pertencentes só a sua raiz ou sua casa. Alguns têm idéias claras a respeito desses grandes agrupamentos familiares, mas a maioria apenas sabe a descendência de seu fundador, que pertencia inicialmente à determinada família, quando muito.
Existem no Brasil hoje uma maioria de casas de Candomblé da vertente Congo –Angola e podemos enumerar as principais raízes, como sendo o Tumbenci, cuja fundadora foi Maria Nenén –Maria Genoveva do Bonfim, Nengwa Twenda Kwa Nzaambii era gaúcha de nascimento e foi iniciada por Roberto de Barros Reis, um liberto da província de Cabinda, Angola, África austral, provavelmente no início do século XX. Segundo o depoimento oral dos antigos era mulher muito enérgica, de semblante fechado, riso difícil, mas de caráter irrepreensível e bom coração, como prova o ato de adotar inúmeras crianças, alguns falam em 17 outros em 21, que criou como filhos até a fase adulta. Exercia a profissão de corretora de imóveis e Edison Carneiro a coloca na galeria das Sacerdotisas mais amadas da Bahia da sua época. Durante a perseguição movida pelo delegado Pedro Gordilho ao povo-de-santo, conta a história quase lendária que Maria Neném foi a única a nunca ser molestada pelo delegado. E que inclusive, corajosamente colocou em sua casa uma placa com os dizeres – cá te espero –numa clara afronta ao poder do sanguinário delegado. O terreiro Tumba Junçara fundado por Ciriáco, o Bate-Folha Salvador, fundado pelo lendário Manuel Bernardino da Paixão, o Kupapa Unsaba do Rio de Janeiro, fundado por João Lessenge, nos anos 30 do século XX.
Sendo assim, todas essas raízes pertenceriam a família de Maria Genoveva do Bonfim, pois Manuel Ciriáco e Bernardino da Paixão foram filhos diretos de Maria Nenê, e João Lessenge foi feito ritualmente por Manuel Bernardino da Paixão, tornando-se dessa maneira neto da fundadora. Também pertence a essa família outra raiz importante, o Viva-Deus, do Senhor Feliciano, cujo nome é mesmo Terreiro Viva-Deus, está situado na Estrada das Barreiras 1233E – Bairro Cabula Salvador-Bahia. Foi fundado em 1946, pelo Senhor Feliciano Alves dos Santos, que era marinheiro de profissão, mas também era Babalorixá, filho de Oxalá com Omolú, e tinha como dijina Orisasi. Importante destacar que Feliciano era de nação Ketu, de uma linhagem do recôncavo, e que tal linhagem ainda existe com casas em vários estados brasileiros, conservando o nome inicial de Viva-Deus. Era filho de santo de Zé do Vapor, Babalorixá muito conhecido em Cachoeira, Cidade do Interior da Bahia. A primeira Nengua1 do terreiro Viva Deus, junto com Senhor Feliciano, foi a Senhora Francelina Evangelista dos Santos (D. Miúda), filha de Nndanda-Nlunda, cuja dijina era Diá Lubidi, ela sim, filha de santo de Maria Genoveva do Bonfim e que implantou os ritos congo-angola, no terreiro recém formado do Senhor Feliciano.
Todas essas raízes pertencem, portanto, a família Tombeici por terem seus fundadores saído das mãos da matriarca, sendo esse um traço que demarca a origem nessa e em outras vertentes do Candomblé.
Gregório Makwende é outra figura emblemática para o Candomblé de Congo-Angola. Filho carnal de Constâncio Silva e Sousa, angolano de nascimento, de quem herdou o terreiro, nasceu em 1874 e faleceu em 1934. Quanto a família de Makwende, segundo o próprio artigo citado, permaneceu inter-famílis, e só pertence a ela, de forma restrita, os membros carnais de descendentes de Gregório Makuende.
De Mariquinha Lemba sabe-se pouquíssima coisa, pois segundo os relatos orais e há poucos dados sobre a mesma em Edison Carneiro. Retratam-na como uma mulher de gênio difícil, não afeita a visitas de desconhecidos e muito menos de brancos. Sabe-se que constituiu uma grande família, da qual o articulista em questão faz parte. Há inúmeros descendentes dessa matriarca, mas a maioria das casas encontra-se em Salvador ou no estado da Bahia. Aqui no sul não temos conhecimento de descendentes de Mariquinha Lemba.
Quanto a família Amburaxó, do Senhor. Miguel Arcanjo de Souza sabe-se que a maioria adotou os rituais da nação ketu e portanto, saíram da esfera do Congo-angola. Existem muitos descendentes do Amburaxó, mas a maioria continua executando os ritos da nação ketu.
Uma das maiores famílias de santo da nação congo-angola é a família Goméia. Espalha-se do nordeste em direção ao sul e sudeste e ainda hoje goza de muito prestígio de adeptos e de público.
João da Goméia, assim chamado por causa do nome do terreiro que dirigia em Salvador, Bahia, veio para o Rio de Janeiro e aqui fundou um terreiro que se tornou célebre pelas suas festividades. Bailarino profissional, levou para o palco a dança dos deuses coreografada, freqüentou a mídia e tornou o candomblé conhecido através de seu carisma. Formou talvez a maior família de candomblé congo-angola apesar das muitas críticas que recebeu e ainda recebe mesmo após sua morte. Principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo há muitos descendentes de João da Goméia e que se orgulham por sê-lo.
Nessa enumeração das famílias postado em artigo por Raimundo Nonato da Silva gostaríamos de tecer alguns comentários que me parecem pertinentes na tentativa de esclarecer alguns pontos que nos parecem obscuros.
Tomemos como ponto de partida, que a história dos candomblés em geral e dos candomblés de congo-angola em particular não foram ainda escritas. Do candomblé de ketu já há algumas obras publicadas e do candomblé de gege, apenas uma, mas do candomblé de congo-angola tudo permanece no terreno da oralidade, o que dificulta em muito conhecer as verdadeiras origens e raízes de cada segmento.
Um outro ponto a ser considerado é que não existe unanimidade nas histórias de cada raiz. É chamado pelos angoleiros de raiz ou Ndanji cada grupo de casas que pertençam ao mesmo fundador. Assim sendo, existiria a raiz Tumbenci, a raiz Tumba Junsara, a Raiz Bate-Folha, a raiz Viva-Deus e talvez outras. Aliás, cada raiz advoga para o si o maior grau de pureza, de proximidade com os ritos africanos, à fidelidade aos padrões e ritos aprendidos, e não existe um conceito de congregação religiosa como em outras religiões. Há sim, muitas disputas e dissensões, agora explicitadas com maior clareza no âmbito da “internete” em comunidades de páginas de relacionamento, onde os membros procuram minimizar a força de outras casas ou de outras raízes com o intuito de valorizar mais as suas. Há na verdade, no cotidiano candomblecista, um fenômeno chamado “fuxico” que se constitui em tudo saber, tudo comentar, tudo criticar, e que funciona como cimentação necessária para a sobrevivência de uma religião sem fontes escritas. Como se trata de valorizar a palavra do “mais-velho” há muitas histórias controversas que circulam com ares de verdade, logo desmentidos por outros, esses sim, segundo eles, os melhores e maiores conhecedores da verdadeira história, e assim, o “fuxico” circula, criando novas histórias e novas versões para um mesmo fato. Sempre há nas rodas de conversa em candomblé, alguém que conhece “melhor” um fato narrado por alguém e pode e deve fazer a complementação necessária para o acontecimento, ou porque conheceu as personagens ou porque conheceu alguém que presenciou o evento em questão.
Nas comunidades de relacionamento da “internete”, que de certa forma substituem as longas conversas nos terreiros, há inúmeras polêmicas e discussões a respeito de atos litúrgicos, maneiras de cantar, o que é certo ou errado, e é claro, a casa dos outros está sempre errada, a certa, a correta, a mais tradicional é sempre a de quem faz uso da palavra. O candomblé que era restrito a atividade inter-murus, hoje espalha-se por um meio de comunicação popular, lugar onde todos têm a oportunidade de expor suas idéias e dar prosseguimento ao “fuxicos” do terreiro. Numa sociedade sem provas documentais e sem historiadores dispostos a levantar essa história, o que vale é a palavra como legitimador dos saberes.
Vejamos a composição das famílias de santo e suas respectivas composições lingüísticas para tentarmos elucidar a fala de Raimundo Nonato da Silva. Ele afirma em seu artigo que são cinco famílias, sendo uma de origem muxicongo, outra de origem kimbundo, outra de origem ovimbundo e duas que já nasceram misturadas com a nação de ketu, não tendo portanto, uma identidade muito definida. Fiquemos, por enquanto, com as três cujas identidades são de origem bantu sem mistura, pelo menos num primeiro momento. As três origens que ele dá, muxicongo – de fala kikongo –Maria Nenén, a outra família teria sua origem no meio cultural ambundo – de fala kimbundo – Mariquinha Lemba e a terceira como de língua ovimbundo – Gregório Makwende.
Parece-me que o articulista chegou a essas conclusões a partir de uma série de reuniões que ele conseguiu realizar com o povo de santo angoleiro de Salvador, Bahia, através da Acbantu – Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – numa série de eventos denominado de Kizoonga Bantu no período de 11 a 14 de Fevereiro de 2003. Através dessas reuniões e cursos de língua kimbundo e kikongo pode-se colher dados importantes para se chegar a conclusão do que ele expõe no referido artigo, o que consideramos uma grande contribuição para se, aos poucos, conhecer melhor esse universo religioso.
No entanto, vemos com certa reserva as conclusões de Raimundo Nonato da Silva, tendo em vista os ritos e nomes ainda existentes no Candomblé de Congo-Angola e que foram registrados por Edison Carneiro (CARNEIRO: 1982) nos anos 30. Os ritos encontrados no interior das casas de santo, são em sua quase maioria de extrato congo, principalmente de Cabinda, como demonstramos em outro trabalho nosso.(ADOLFO;2010) O próprio termo Nkissi, sinônimo de divindade no universo lingüístico congo foi o que permaneceu e predominou no Brasil. Outros povos bantu chegados ao Brasil mantêm, em África, nomes diferentes para suas divindades, nomes que não foram registrados por aqui, pelo único etnólogo que registrou as manifestações culturais dos bantu na esfera religiosa. Se as famílias Mariquinha Lemba e Gregório Makwende fossem respectivamente do universo kimbundo e Ovimbundo, com certeza teriam nomes próprios para suas divindades, mas isso não acontece. Também, Edison Carneiro ao falar deles no seu Candomblés da Bahia (CARNEIRO;1982) nomeia-os como pertencentes a nação congo, juntamente com Manuel Bernardino da Paixão, do Bate Folha. Porque Edison Carneiro os dá como congos, se os mesmos eram Ambundos e Ovimbundos? Teria sido falha na observação do etnólogo, que convivia com as maiores autoridades do candomblé em sua época? Ou seus informantes também não conseguiam distinguir as línguas que falavam? São interrogações que ficam por enquanto em aberto a espera de pesquisas mais acuradas. No terreno das religiões bantu no Brasil, sobretudo do Candomblé Congo-Angola, tudo está ainda por ser feito.
Creio que uma possível explicação esteja na questão da língua ritual. É possível que uma porção maior do vocabulário das casas de Mariquinha Lemba seja de origem kimbundo, assim como a casa de Makwende use mais do Ovimbundo, para praticar os mesmos rituais da família Maria Nenén. Continuamos acreditando que o candomblé de congo-angola praticado no Brasil tenha suas raízes mais profundas nas terras de Cabinda, com apreciáveis contribuições de outros povos. E a chegada de escravizados não obedecia a nenhum critério menos ainda o das linguagens. Aliás, havia uma política de se misturar indivíduos de grupos lingüísticos os mais diferentes para que todos só tivessem como meio de comunicação a língua portuguesa, evitando assim fugas e sublevações. Nesse contingente populacional circulavam línguas africanas diferentes com predomínio de umas sobre as outras de acordo com a quantidade numérica dos falantes. Claro que, acreditamos que aconteceram importantes trocas lingüísticas até porque todas as línguas tinham um tronco comum que era a raiz bantu, apesar de serem línguas, se aparentadas em alguns pontos, muito diferentes em outros.
Assim como houve misturas lingüísticas também aconteceram acréscimos e supressões de determinados ritos, alguns já pouco lembrados como conseqüência do rapto, da captura, dos duros dias a espera dos navios e finalmente a viagem penosa e o mercado de escravos no Brasil. Traziam na lembrança e no coração seus ritos e memórias, mas agora intervalados pelos duros dias iniciais de cativeiro e pela difícil vida do trabalho escravo. Restabelecer os laços com a África e com um passado perdido encontrou na religião um refrigério para os que haviam perdido a liberdade lá do outro lado do Atlântico e não viam nenhuma saída para mudar a situação em que foram colocados pela condição servil.
Voltando a questão das cinco famílias enumeradas por Raimundo Nonato da Silva, acrescentaríamos que há candomblés que não foram enumerados nessas famílias. Para citar apenas três, a raiz de Nanã de Aracaju, com ramificações importantes em São Paulo-Sp. através de Mãe Manadeuí (PRANDI:1991) e outras casas da mesma raiz, e o Tombeici de Ilhéus, fundado ainda no século XIX e portanto anterior ao Candomblé de Maria Nenê. É necessário que se descubra a origem da casa de Nana de Aracaju, que permanece aberta no mesmo local de sua fundação, e segundo notícias, desenvolve importante papel social na cidade, assim como o do Tombeici de Ilhéus, com uma intensa programação cultural e ainda, uma outra raiz na cidade de Nazaré das Farinhas, no interior baiano, chamada de Congo de Ouro, da qual temos notícia apenas por ouvir dizer.
É importante frisar que a organização social e familiar entre os bantu em África se organiza em torno dos clãs, que é um conjunto de famílias sob a descendência matrilinear. Um conjunto de clãs de ancestral comum se estrutura em Kandas, cujo fundador é comum a todos os membros da kanda. Uma primeira unidade seria o clã e uma unidade maior seria a Kanda.
Parece-nos que esta estrutura permaneceu no Brasil na esfera dos cultos religiosos. Cada casa de santo formaria um clã, enquanto as famílias seriam as kandas, dada as características apresentadas.
“Comme dans de nombreuses sociétés bantoues, deux cadres fondamentaux régissent lá vie: populations kôngo em general, et dês lari em particulier: Il s’agite d’abord de l’intistitution du kánda, Le matrilignage – terme que l’on traduire schematiquement par famille – (…) (Nsondé:1999, pg.29)
Por exemplo, a kanda de Maria Nenê é formada a partir de um ancestral comum, ela própria enquanto fundadora, e o ancestral mítico, o Nkissi Kavungo. As várias raízes, pertencentes a essa kanda, como o Tombeici, O Tumba Junsara, com suas várias ramificações, o Bate Folha de Salvador e o Kupapa Unsaba, do Rio de Janeiro, seriam os clãs. Os laços de parentesco permanecem no terreno religioso porque os familiares desapareceram por efeito dos horrores da escravidão. Reconstruiu-se dessa maneira, nos terreiros religiosos e nos espaços sagrados a organização social do povo bantu e assim permanece até hoje.
Quanto ao clã, vale a pena ouvirmos João Vicente Martins em seu trabalho sobre os bakongos:
“Como já referimos, a base da organização social bakongo ou Tukongo é a família e a ela pertencem todos os parentes, razão pela qual todos os elementos familiares estão sob a alçada e autoridade de um “mwata” (chefe), assistido por um ajudante. Por sua vez, todas as aldeias ou clãs estão subordinados ao “fumo” (chefe de etnia). (MARTINS: 2008, Pg.240)
Portanto, de acordo com nossa argumentação podemos ver que cada terreiro está sob a guarda de um Sacerdote (Nganga) que exerce o poder total sobre a população daquele terreiro, mas não tem nenhuma jurisdição sobre os outros terreiros. Na organização do Nzo, forma-se uma rede de auxiliares, mas o chefe principal é sempre o Pai-de-Santo, que por sua vez, só deve submissão a chamada Casa Matriz, local e sede da Kanda.
Sendo assim, as kandas enumeradas por Tata Konmannanjy deverão receber novas irmãs na medida que os estudos sobre os angoleiros começarem a ser desenvolvidos.
O trabalho da Acbantu é pioneiro na área e poderá render outras pesquisas de igual teor, uma vez que Raimundo Nonato da Silva é historiador e poderá desenvolver pesquisas mais detalhadas e profundas na área. Aguardemos novas descobertas, interessantes e sérias como essa, vindas da parte da Acbantu.
REFERÊNCIAS
CARNEIRO, Edison. Candomblés da Bahia. São Paulo: Editora Tecnoprint, 1982.
MARTINS, João Vicente. Os bakongos ou tukongos do nordeste de angola.Lisboa:Imprensa Nacional-casa da moeda, 2008.
MARTINS, Joaquim. cabindas – história – crenças – usos e costumes. Disponível em http://www.cabinda.net.
PRANDI, Reginaldo. Os Candomblés de São Paulo. São Paulo: EDUSP, 1991