O equilibrio espiritual e a natureza.

O equilibrio espiritual e a natureza.

O equilibrio espiritual e a natureza. 150 150 Marcos Passos

O Candoblé é uma religião que lida com as energias da natureza, sem o equilibrio ecológico a tendência é a religião “morrer” perder a sua raíz e as sua força. Independente da sua fé acredito que o homem, finalmente, desperta para a necessidade de preservação do meio ambiente como fator que possa garantir, no futuro, a sobrevivência da própria espécie no planeta Terra.
A consciência ecológica, ontem alienada pela ignorância, hoje acorda acionada pelo alarme do instinto de sobrevivência que alerta-nos sobre os riscos que corremos, caso urgentes providências de controle da poluição do ar, das águas e do solo não sejam tomadas a tempo.
Hoje sabemos que nos ambientes naturais preservados, rios, mares, campos e florestas, plantas, animais e micro organismos estabelecem entre si um relacionamento que garante não somente a sobrevivência de todos, mas também a preservação dos recursos naturais oferecidos pelo meio em que vivem. Essa situação de estabilidade é chamada de equilíbrio ecológico.
Pelo sentimento de superioridade em relação às outras espécies vivas da natureza, o homem  civilizado, historicamente, sempre sentiu-se fora da cadeia natural, o que hoje ele percebe a importância de sentir-se integrado, pois o relacionamento dos seres vivos entre si e com o meio ambiente, resulta em complexos sistemas chamados ecossistemas que são constituídos por organismos (fatores bióticos) e condições naturais (fatores abióticos), com uma contínua passagem de matéria e energia entre eles.
Portanto, quanto mais for desequilibrado o indivíduo no seu sentido psíquico-espiritual, menos sensibilidade ele terá e menos importância ele dará às questões relacionadas à proteção e preservação da natureza.
O equilíbrio psicológico e espiritual do ser humano passa, necessariamente, pelo desenvolvimento da consciência ecológica como um mecanismo de evolução. Não temos como separar uma condição da outra, porque somos natureza em essência e, sendo assim, pertencemos ao Todo, de corpo e alma.
Para os mais céticos e pessimistas, a humanidade caminha para a sua gradual extinção. Por um lado, percebe-se a prática da “tese” autodestrutiva do homem entre aqueles que, indiferentes em relação às previsões científicas, permanecem na ignorância consciencial e no desequilíbrio vital, satisfazendo tão e somente a demanda de seus primários egos. São os que continuam agredindo o ambiente natural sem pensar nas conseqüências de sua egoística atitude. Porém, pela Lei de Causa e Efeito, a natureza, cedo ou tarde dará a sua resposta para estes que não “estão nem aí”. Esquecem ou não sabem que na natureza prá toda ação existe uma reação…
Contudo, para os idealistas e otimistas, o homem, aos poucos, conseguirá parar o processo destrutivo do meio ambiente através de atitudes individuais e coletivas, revertendo a tendência atual e garantindo a qualidade de vida das futuras gerações de humanos.
Não esqueçamos, porém, que independentemente de nossas atitudes pessoais, conscientes ou não, somos o resultado da nossa sintonia com o universo. E pelas leis da Reencarnação, encarnamos em realidades físicas que encontram-se na relação direta com o nosso nível vibratório. Portanto, aqueles que hoje destroem… e continuam destruindo impunemente o ambiente natural, amanhã serão punidos não por um Deus severo, mas pela sua própria consciência. É a lei que vale para todos os seres dotados de inteligência e de livre arbítrio do universo.
A vida é uma oportunidade de edificarmos, de construirmos algo saudável que indo ao encontro da harmonia universal, possa, à medida que eleva o nosso padrão vibratório, trazer-nos o equilíbrio vital que é exatamente o reflexo da nossa condição psico-espiritual.
A inteligência humana, como sabemos, é um instrumento de uso pessoal que pode tanto afetar-nos como afetar com as nossas escolhas, um coletivo de pessoas. Portanto, o seu alienado uso poderá comprometer o nosso processo evolutivo enquanto consciências inseridas no complexo multidimensional (e vibratório) do universo. A conscientização dessa inserção universal passa pelo degrau da consciência ecológica que é o que temos de imprescindível como base para vôos mais altos do espírito. Mas para que isso ocorra, temos que ser saudáveis e harmonizados com as energias do universo que estão ao alcance da nossa sintonia. Essa é a precisa noção (percepção) de equilíbrio vital, caso contrário, ocorre o processo de desequilíbrio vital (psíquico-espiritual) que traz consigo doenças do corpo e da alma.
Sejamos, portanto, indivíduos lúcidos ao fazermos o uso benéfico para si próprio e para o outro do principal instrumento da evolução consciencial: a inteligência. Esse é o princípio do equilíbrio eco-psico-espiritual que busca a harmonia da vida.

Asè!

Ojú Onirè.

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