Não permita que a tristeza alheia lhe incomode, que a falta de esperança dos outros lhe consuma, que o derrotismo lhe bata a porta. Não deixe que as palavras rudes lhe tirem as forças, que os dias ruins sejam rotina, que a falta de carinho se espalhe como um vírus. Não escute quem lhe diz que será sempre difícil, que seus sonhos são impossíveis, que você nunca chegará lá. Não permita que a falta de sorrisos seja constante, que os braços sequem e fiquem imóveis para os abraços, que os olhos ceguem para as pequenas descobertas diárias.
Não feche seu coração para as bondades da vida, não se permita reclamar da rotina, nem se deixe desanimar pelos desafios diários. Não esmoreça diante dos dias nublados, nem perca a fé de que o sol voltará a brilhar. Não escute a sua desconfiança, nem alimente o seu ciúme ou a sua mania de controlar tudo. Não espere demais de ninguém, nem mesmo de você. Não se permita cobrar muito, nem exigir a perfeição. Não saia do centro de si mesmo, nem se contamine com todas as ordens publicitárias que pulsam diante de nós. Mas, acima de tudo, não deixe de amar e de dar amor. Não deixe de amar sua família, nem seus amigos, seu marido, namorado, ficante, ou sei lá eu o quê. Não deixe de amar o próximo, o animal de estimação, o animal de rua, o que precisa. Não deixe de amar a si mesmo, que é parte principal da sintonia com o mundo. Acima de tudo, ame. Porque só com amor se constrói pontes, ao invés de muros.